Cintilografia, também conhecida como "medicina nuclear" pode assustar algumas pessoas, que pensam em usinas nucleares e os problemas que já tivemos com elementos radioativos, como em Chernobyl. Porém, além de seguir todas as normas e processos do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), a quantidade usada destas substâncias radioativas é mínima. Já, a utilidade dos exames de cintilografia é enorme, sendo um recurso eficaz que permite visualizar os órgãos e tecidos vivos em pleno funcionamento.

A cintilografia viabiliza examinar o coração, além dos ossos e diversos outros órgãos de uma forma diferenciada. Através desse método, muitas doenças podem ser detectadas, como a embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, câncer, obstruções renais, demências e outras.

Cinco mitos e verdades sobre a cintilografia (medicina nuclear):

#1 - A quantidade de radioatividade é parecida com a liberada no acidente nuclear de Chernobyl. Mito. No acidente citado, houve uma enorme liberação descontrolada de radiação no ambiente. Na cintilografia, a radiação é mínima e muito bem dosada, numa situação oposta ao famoso acidente.

#2 - A radioatividade da cintilografia (medicina nuclear) traz riscos para o corpo. Mito. As quantidades de radiação são estudadas e calculadas para cada paciente. Dependendo do que será diagnosticado e das informações clínicas de cada indivíduo, se chega a uma dosagem personalizada. Além disso, as substâncias usadas são logo eliminadas pelo próprio corpo.

#3 - Se me tratar com radiofármacos, vou ficar radioativo. Mito. Além da radioatividade ser mínima e do próprio corpo humano eliminar tais substâncias do organismo, os radiofármacos não são utilizados de maneira frequente. O tratamento costuma ser feito com poucas doses ou até dose única, bem diferente de tratamentos com remédios convencionais.

#4 - Crianças não podem fazer procedimentos com medicina nuclear. Mito. Não há restrição de idade para os procedimentos de medicina nuclear. O que ocorre apenas é que, no caso de crianças, é necessária uma atenção especial à dose de radiação usada, que geralmente é menor devido ao próprio porte físico da criança.

#5- A medicina nuclear pode diagnosticar câncer até antes de surgirem sintomas, alterações ou lesões no organismo. Verdade. Isso porque ela permite avaliar o funcionamento metabólico dos órgãos e tecidos do corpo. Desta forma, pode-se identificar tumores/cânceres em fase inicial, mesmo quando não estão avançados a ponto de provocar alterações e lesões no organismo.